Chanel alta-costura verão 2025: Uma celebração aos 110 anos de excelência

Nesta temporada, a Chanel nos leva de volta às suas origens com uma coleção que celebra o legado de 110 anos de alta-costura. Apresentada no icônico Grand Palais, em Paris, a coleção para o verão de 2025 destacou-se por revisitar os clássicos da Maison, enquanto o mundo da moda aguarda ansiosamente a estreia de Matthieu Blazy como novo diretor criativo da grife, programada para setembro de 2026.
Artesanato no centro das atenções

Sem um diretor criativo no comando até abril, a Chanel confiou ao seu time interno de designers a responsabilidade de conceber esta coleção especial. O momento revelou-se oportuno para homenagear as verdadeiras mãos que moldam a alta-costura: as costureiras, bordadeiras e modelistas. Essas profissionais foram exaltadas em um vídeo divulgado antes do desfile, que trouxe à tona a essência artesanal que sustenta a Maison desde que Gabrielle Coco Chanel abriu seu primeiro ateliê em 1915, em Biarritz.
Clássicos revisitados com um toque contemporâneo

A coleção explora as características icônicas da Chanel, como as jaquetas estruturadas com botões-jóia e correntes internas para um caimento impecável, os tailleurs com saias retas e os famosos sapatos bicolores. Pequenas inovações deram um toque de frescor: mangas arredondadas, detalhes de plumas e uma silhueta reinterpretada de Karl Lagerfeld, com saias opacas na parte superior e transparentes na base.
Paleta de cores e texturas

No quesito cores, a paleta rompeu com o tradicional preto, explorando tons pastel, furtacor e vibrantes como coral, amarelo, roxo e verde esmeralda. Tecidos acetinados trouxeram brilho a lapelas e blusas, enquanto camisas de gola laço e vestidos leves e translúcidos destacaram-se pela elegância. A silhueta equilibrou o clássico e o contemporâneo, com um toque conservador na parte superior e uma abordagem mais livre e fluida na inferior.
O fascínio está nos detalhes

A cenografia, criada pelo designer Willo Perron, transformou a passarela em um símbolo infinito formado pelos icônicos C's duplos da Chanel, simbolizando a perenidade da marca. O desfile em si manteve-se fiel ao legado da grife, com uma abordagem protocolar que prepara o terreno para a chegada de Matthieu Blazy.
Em um texto divulgado pela Chanel, a grife descreve sua alta-costura como:
"gastos repetidos e renovados, paciência, excelência e um fascínio atemporal".
Essa precisão artesanal é evidente nos detalhes minuciosos: rendas pintadas, chiffon bordado que simula tweed e aplicações de paetês. Cada elemento destaca o compromisso da Maison com a excelência.
Embora a coleção tenha encantado os admiradores da tradição Chanel, também deixou os entusiastas da alta-costura ansiosos pelo próximo capítulo sob o comando de Blazy. Como bem disse uma das artesãs no vídeo antes do desfile:
"um ateliê de alta-costura é como uma orquestra".
E, em breve, um novo maestro estará no palco para conduzir a Chanel rumo ao futuro.
Assista ao desfile